quinta-feira, 11 de abril de 2013

“Do Mar à Serra – Da Serra ao Mar”


No âmbito da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), nos passados dias 11 e 12 de janeiro, os alunos do 10.º Ano de escolaridade inscritos na disciplina das turmas de Ciências e Tecnologias e Línguas e Humanidades (10ºA, B e C), acolheram em Gouveia 7 alunos e 1 professor da Escola Júlio Dantas, de Lagos, no Algarve, para dar cumprimento à primeira parte do Intercâmbio escolar “Do Mar à Serra – Da Serra ao Mar”.
Foram dois dias, de grande animação e entusiasmo, que contaram com vários momentos de convívio sendo o ponto alto uma visita pela Serra da Estrela, Manteigas e Gouveia.
Os alunos, que visitaram o Agrupamento de Escolas de Gouveia, gostaram do que viram em Gouveia e de conhecer os alunos que puderam estar presentes neste encontro. Sendo alunos de realidades bem distintas foi com enorme prazer que todos os alunos de ambas as escolas participaram neste encontro em que todos ganharam com a troca de experiencias e com as novas amizades que se criaram.
Agora, todos os alunos esperam ansiosamente um novo contacto entre as duas escolas, o qual já está com data marcada para os dias 8, 9 e 10 de Junho, desta vez em lagos, no Algarve, para dar cumprimento à segunda parte do intercâmbio escolar “Do Mar á Serra – Da Serra ao Mar” estando já os últimos pormenores a ser acertados por todos os envolvidos nesta iniciativa.
É caso para dizer: Algarve à vista!...
Rute Silva, 10.º C

Viagem a Barcelona

 A nossa grande aventura começou no dia 13 de fevereiro por volta da uma da manhã.
Assim se iniciou a longa viagem de cerca de 14 horas rumo a Barcelona. Muitos de nós passaram este tempo a dormir, enquanto outros especulavam como seria a cidade do Guadí.
Quando, por fim, amanheceu, a animação chegou com os cânticos melódicos dos professores.
Aproximando-se a hora de almoçar, parámos e almoçámos em convívio onde partilhámos comida e experiências.
Retomada a viagem, a alegria era imensa por avistarmos Barcelona no horizonte, cantávamos com euforia grandes músicas portuguesas.
Recém chegados a Barcelona, logo fomos visitar “Las Ramblas”, uma das ruas emblemáticas e movimentadas da cidade Maravilha. Devido à proximidade, visitámos o Bairro Gótico que é caraterizado pela sua beleza arquitetónica. De seguida, tivemos a oportunidade de explorar “Las Ramblas” na procura de “recuerdos” para a nossa família e amigos.
Já cansados do dia exaustivo que tivemos, dirigimo-nos ao albergue “Pere Tarrés” onde fomos bem acolhidos. Jantámos e descansámos para um novo dia.
Acordámos com esperança de termos um bom dia, como assim se haveria de comprovar. Começámos por visitar o Parque Guell que, para além da sua beleza natural, é ainda mais belo por ter sido decorado em harmonia com a natureza oferecendo-nos uma vista maravilhosa sobre a cidade de Barcelona. Partimos depois para a Catedral da Sagrada Família onde tivemos a oportunidade de ver de perto a grandeza arquitetónica que nos é oferecida pelo grande arquiteto Antoni Guadí. Foi deslumbrante do princípio ao fim, começando nas esculturas exteriores passando pelos vitrais e acabando na esplendorosa e inimaginavel vista sobre a cidade, do topo de uma das torres da Catedral. De seguida, fizemos uma pequena viagem até Montserrat que foi uma visita insubstituivel dado a vista surreal e a possibilidade de conhecermos uma parte profundamente religiosa da cultura espanhola. Apesar do frio que se fazia sentir, a visita ao Mosteiro compensou bastante, destacando-se a visita à Santa Imagem “La Morenita”. Voltámos ao albergue onde mais uma vez nos alimentámos bem e nos preparámos para uma caminhada à misteriosa Praça de Espanha; apesar da longa caminhada valeu bem a pena. Cansados e com dores de pés chegámos por fim ao albergue onde dormimos um sono revigorante.
E chegou o último dia. Tristes e já com saudades despedimo-nos do albergue. No caminho de regresso fizemos uma paragem na cidade Saragoça onde visitamos a Catedral de Saragoça e aproveitámos para almoçar. Após o almoço, retomámos a viagem de regresso a Gouveia, onde dormir foi uma missão impossível. Mais uma vez ouvimos os cânticos tradicionais portugueses que nos recordaram as nossas origens. Apesar de todo o barulho, de termos de acordar cedo e de algum cansaço acumulado, os professores: Paulo, Alberto, Eva, Ana Paula e Elsa foram incansáveis. Fica um Obrigado para eles!
Chegados a Gouveia encontrámo-nos com os nossos pais e exaustos voltámos para as nossas casas, cheios de saudades porque para trás ficou a inesquecível viagem a Barcelona. Podemos assim dizer: Até sempre Barcelona!...
Ana Beatriz e Diana, 10.º A

"Anem a Barcelona" *


Barcelona, cidade de sonhos e aventuras, paixões e desventuras, teve o privilégio de ser visitada pelos alunos do nosso Agrupamento de Escolas de Gouveia, nomeadamente dos alunos do Secundário, que já há muito ansiavam por esta visita de “estudo”, mais visita de turismo do que isso, pois sempre prevaleceu a diversão e a descoberta de novas sensações.
Para começar, a descoberta da sensação de frio, pelo justificado atraso do autocarro, que nos aguçou ainda mais o embarque nesta viagem, que depois de 12 horas sem dormir e de muito dar à língua, finalmente, terminou. Não sei dizer bem se foi do pesado sono ou da claridade, toda a penumbra do novo clarear nos pareceu mais única ao vislumbrar o porto de Barcelona e também…o cemitério da cidade, que por mais estranho que possa parecer, assemelhar-se-ia mais a um belo jardim.
Seguiram-se Las Ramblas, como o seu maravilhoso mercado, tão colorido como nunca outro o fora, todas as gomas e chocolates, presuntos também (que não me deixaram levar na mala) e aroma frutado, lojas de “recuerdos” e belos monumentos.
Já no albergue, isso sim, terá algo que contar…entre a confusão das chaves e documentos de identificação até ao nos apercebermos de que os quartos se iam transformar em camaratas, entre reclamações e ansiedade por descanso, até ao chegar às ditas.
E o ponto alto da visita, a visita ao Parque Guell e à Sagrada Família, onde nos maravilhámos com a sua arquitectura repleta de originalidade e simbologia. Por fim, o encontro com “La Morenita” e uma desventura com uns dados dois cêntimos, quem percebe, percebe.
Já no terceiro dia (Infelizmente), a passagem por Zaragoça e visita à última catedral, de muito requinte e beleza, sem dúvida, também.
Seguiram-se mais umas doze horas de regresso com comida e música à mistura e ainda, e que sorte!, fotografias aos Pirinéus, com neve está claro, tão claro quanto o branco.
Noite, dia, tardes e diversão, visita a belos monumentos como o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, recuerdos e IMENSAS fotografias, memórias espanholas e conhecimentos adquiridos, Barcelona ficou assinalada no nosso mapa, mas como o tempo foi escasso, ficou desta viagem, acima de tudo, a vontade de regressar.
 Felícia Bordalo
* “Nos vamos a Barchelona”

Visita de Estudo a Santiago de Compostela

O Cristianismo e a construção da Europa
Nos passados dias 7 e 8 de Março, realizou-se uma visita de estudo a Santiago de Compostela. Esta visita tinha como objetivos enriquecer os alunos a nível cultural e religioso, desenvolver as relações pessoais e interpessoais, bem como desenvolver a capacidade de cooperação.
Eram 9h e 30m quando a aventura começou (um pouco atrasados, mas a vontade de partir ao desconhecido superava a espera), parámos às 12h30m para almoçar. O local escolhido foi a Basílica de Santa Luzia, em Viana do Castelo. Subimos até ao ponto mais alto da Basílica, onde pudemos desfrutar de uma vista deslumbrante. Retomámos a nossa viagem e a próxima paragem foi na praia de Sansenxo, lanchámos, descansámos, mas acima de tudo pudemos a aproveitar a fresca brisa do mar e relaxar com a vista que a mãe natureza nos proporcionava.
 A ansiada chegada a Santiago de Compostela aconteceu! Dirigimo-nos ao Albergue Monte Gozo, instalámo-nos e preparámo-nos para jantar na cantina do Albergue (onde vários pratos deliciosos esperavam por nós). No final do jantar fomos para uma pista de dança, a fim de desanuviar a cabeça e descarregar toda a adrenalina! A partir das 00h00m recolhemos aos nossos quartos, mas a felicidade era tanta que o sono tardou a chegar… No dia seguinte, apesar do mau tempo, que não nos impediu de prosseguirmos com a nossa visita, visitámos o Museu das Peregrinações e a Catedral de Santiago, onde podíamos abraçar uma imagem de Santiago. Foi fantástico, era um fluir de emoções! A viajem de regresso estava breve (apesar das saudades que tínhamos da nossa família, queríamos ficar…), antes de nos fazermos de novo à estrada, tivemos tempo de dar um passeio pelo centro e para fazer umas comprinhas... Almoçámos num centro comercial e saímos de Santiago de Compostela às 14h30m, seguimos em direção ao Porto, onde jantámos no centro comercial “Arrábida Shopping”, e chegámos a Gouveia por volta das 22h00m. E foi só nesta altura que connosco chegou também o cansaço.
Foi uma viagem em que eu me diverti muito, talvez a viagem mais divertida, que nos levou a adquirir e perceber  novos temas da cultura religiosa e que não me importava de repetir as vezes que fossem precisas para sentir e apreciar ainda melhor cada momento vivido!
                                                                                                                                     Raquel Lameiras 9ºE

terça-feira, 22 de maio de 2012

Vou contar-vos uma história...

Imaginem um mundo onde o possível facilmente se torna em impossível e que um ato, por vezes, pode ser considerado um milagre. Mundo esse em que o imaginário não tem asas e as suas pernas foram arrancadas, fazendo com que os sonhos de cada um fiquem unicamente retidos na sua mente. Neste lugar o pouco que se pode ter é designado lá como muito. Esse tal lugar não é apenas fruto da imaginação mas sim uma dura realidade. Pobreza para muitos pode ter o significado de ter pouco luxo, mas lá é definida por morrer à fome e estar exposto às mais precárias condições de vida. Se o que vivemos hoje é considerado um inferno, esperem para que o povo daquele lugar vos diga o que é estar num sítio inferior ao inferno: África.

Carlos Jacob, um sacerdote missionário de S. João Batista, é considerado para aquelas pessoas um anjo enviado por Deus, seja qual for esse Deus que os sujeitou àquela vida. Este homem dedicou 13 anos da sua vida numa missão – Missão de S. João Batista. Foi responsável por uma escola polivalente com milhares alunos, de lares de alunos, “dirigente” de uma serralharia e uma carpintaria com 10 trabalhadores. Ao mesmo tempo desenvolveu a exploração, até então abandonada” de uma área agrícola estimada em cerca de 600 hectares. O padre Jacob não move céus nem montanhas, mas faz tudo aquilo que está ao seu alcance para proporcionar uma vida digna de se viver às pessoas de Marrere, Moçambique.

Marrere é um local situado em Nampula, Moçambique. País este em que todos os anos surgem relatos de cheias, ciclones, secas, fomes, surtos de cólera, malária, índices elevados de tuberculose e de Sida.

Um dos maiores hospitais da província de Nampula e provavelmente do país, foi construído graças aos missionários portugueses no tempo colonial. Devido à nacionalização e ao abandono do pessoal religioso a missão foi perdendo a sua importância e como consequência disso foi-se degradando. Muitas tentativas foram feitas para reanimar esta missão mas nem todas surtiram efeito. Aquela que teve mais impacto foi a intervenção da Fundação Teresa Regojo com as obras de recuperação do Hospital do Marrere. A par da reconstrução do hospital houve também grandes intervenções: na eletricidade, na rede de água, nas instalações sanitárias, nos esgotos, na recuperação do bloco cirúrgico, no laboratório, no gabinete de apoio nutricional, na cardiologia. Criaram também um serviço de Radiologia e um pavilhão para os doentes de Tuberculose.

Houveram muitos parceiros neste projecto destinado a melhorar a saúde da população, tais como: Associação Portuguesa Raul Follereau, Manos Unidas, Câmara de Concorrenzo em Itália.

Ao nível educacional foi recuperada, recentemente, uma Escola Polivalente e criaram-se lares para que os estudantes pudessem morar, já que as suas casas ficam a quilómetros de distância e isso podia ser um obstáculo para eles à educação. E devido à escola renovada e aos lares verificou-se um aumento de 30% de alunos. Em Janeiro deste mesmo ano, foi-se celebrado um protocolo com o Ministério da Educação no sentido de os docentes serem pagos pelo Estado, o que possibilitou que se fosse baixado o preço das taxas cobradas na matrícula e que o ensino se tornasse mais acessível aos mais pobres.

Ao nível Agro-pecuária também houve novos projectos que irão permitir aproveitar a área agrícola, produzindo os alimentos para os doentes e alunos.

Mas nem sempre é fácil oferecer melhores condições de vida. Até porque a própria missão tem necessidades. Estas podem ser divididas em duas partes: as da estrutura da Missão, que se centram sobretudo na falta de recursos económicos e de pessoal e as necessidades da gente da província fragilizada pela doença, miséria e morte. A falta de meios impossibilita que o Padre Jacob e a sua equipa cheguem a todos. As cheias ou a escassez de água impossibilita o desenvolvimento das culturas, o que provoca bolsas graves de fome. Todos os dias chegam, por exemplo, crianças desnutridas ao Hospital.

Haverá alguma alegria nesta missão? Certamente sim. Os sorrisos das pessoas por saberem que as suas vidas mudarão para melhor, pode encher qualquer coração de alegria. O pouco, para eles, é muito. É o essencial para viverem, o que eles mais desejam poder fazer já que a situação em que se encontravam não pode ser denominada de vida.

O que será então, partindo desta missão, ser missionário? “Não é mais do que traduzir na prática os valores do Evangelho de cuidar dos pobres, dos doentes, dos segregados, dos órfãos... de todos aqueles que não têm voz e vez” (Padre Jacob)

Não é pedido que paremos a nossa vida para dedicá-la aos outros, mas pequenos gestos ou ações às pessoas que precisam e que vemos todos os dias podem fazer a diferença. Talvez não fará para nós, mas para os outros, um insignificante gesto, pode significar o mundo. Se Deus existe ou não, é uma grande questão. Mas é ele que dá fé àquelas humildes pessoas do Marrere a viver mais um dia com alegria. Uma coisa que existe é a realidade. Se estamos cientes disto porque não tiramos do Padre um exemplo a seguir, e mudamos a árdua realidade?



Aline Pontieri Carvalho, 10º C, EMRC

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Arcebispo de Nampula na sede de Agrupamento




Enquadrada no projeto  Ajudar Marrere, do Agrupamento de Escolas de Gouveia, o arcebispo de Nampula, o Sr. D. Tomé, visitou a sede de Agrupamento e a nova escola. Foi possivel ver as diversas valências da escola, contactar com alguns alunos e professores.
O Sr. D. Tomé agradeceu a colaboração de todos na ajuda prestada à missão de Marrere e convidou os interessados a visitar a diocese de Nampula.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Experiência de voluntariado


Olá, chamo-me Daniela Cardoso e sou uma adolescente normal como muitos dos adolescentes da minha idade. No meio da minha rotina, arranjei um tempinho para fazer o que um dia gostaria que me fizessem a mim!

 Faço voluntariado, infelizmente só durante as férias, no hospital de Seia.

Comecei a fazê-lo nas férias do Natal, continuei agora nas férias da Páscoa e espero continuar nas férias grandes …

A ideia de exercitar esta ação tão nobre não surgiu de mim, até porque não tinha conhecimento que o mesmo existia aqui tão perto! Esta ideia foi-me sugerida pela minha madrinha que também lá faz voluntariado.

O voluntariado tem como missão ajudar os outros, doando o nosso tempo, repleto de valores, feito de uma forma livre, desinteressada porque ninguém recebe nada em troca por fazer este trabalho e responsável para assim conseguir construir um caminho de esperança e contribuir para uma sociedade mais justa e solidária.

Neste contexto, o objetivo principal do voluntariado é ser capaz de minorar os efeitos negativos da hospitalização através da humanização e do espírito de solidariedade, contribuindo para o bem-estar do doente.

Apesar de fazer voluntariado há relativamente pouco tempo já tive oportunidade de ter pelo menos uma experiência marcante.

Nas férias do Natal, conheci um senhor que já estava internado no hospital há algum tempo; logo de início tivemos grande cumplicidade. Quando as férias terminaram o senhor continuou internado e quando estava para ter alta fez questão que a minha madrinha me ligasse para me ir despedir dele! Isto é uma pequena demonstração do quão somos importantes para estas pessoas, que durante algum tempo o hospital é a casa deles.

Acho que não custa darmos um pouco do nosso tempo para o bem-estar dos outros até porque temos recompensas muito gratificadoras. Por vezes, simples palavras de amor que lhes transmitimos fazem com que estas pessoas tão frágeis deitem um sorriso e o conforto das nossas palavras fazem com que se sintam bem.

O voluntariado completa-me e faz com que eu cresça como pessoa, faz-me ver o mundo com outros olhos, dá-me experiência de vida. O voluntariado pode não me dar nada monetariamente mas acreditem que aquilo que se recebe é muito melhor de qualquer dinheiro.

Como costumo dizer, Deus deu-me duas mãos, uma para eu dar aquilo que eu puder e outra para receber o que me dão porque para eu receber também tenho que dar, o mundo é justo.

É um desafio que deves experimentar na tua vida; acredita que vai mesmo valer a pena!



Daniela, 10º ano